A rotatividade de funcionários ou, se preferir, turnover nas clínicas médicas é um problema sério e recorrente em todo o Brasil. O desafio, que parece predominar em grandes cidades, é um obstáculo para o crescimento de negócios na área da saúde.
Entender as causas da rotatividade em clínicas médicas, diagnosticar o problema e tratá-lo o quanto antes é imprescindível para o futuro do negócio.
Entendendo a rotatividade em clínicas médicas
Pensando em você, preparamos algumas dicas imprescindíveis para tratar a rotatividade em clínicas médicas. Vamos conhecer?
Raios-x do problema – custos
Quando se fala em custos gerados pela rotatividade de funcionários é possível identificar três grupos:
- custos primários: gastos com demissão e contratação de médicos e funcionários. Inclui todo o processo de recrutamento e as despesas com treinamento e integração;
- custos secundários: envolve as aspectos intangíveis, como acúmulo de funções e queda de produtividade;
- custos terciários: são sentidos no médio e longo prazo da empresa. Inclui, por exemplo, equipe desmotivada, custos adicionais de investimento e queda na qualidade dos serviços prestados.
Agora que você entendeu essa parte, podemos prosseguir para um panorama básico do que irá melhorar na sua clínica, quando você finalmente conseguir lidar com a rotatividade.
O que mudará na sua clínica?
A economia é um benefício fácil de identificar, depois que você entende que contratar novos médicos e funcionários é algo que custa tempo e dinheiro. Todo o processo de integração, o período de adaptação, entre outras despesas, acabam por gerar um desconforto financeiro muito grande na clínica. Então, sem turnover, você consegue economizar um bom dinheiro.
Outro benefício é a melhoria no ambiente de trabalho. Veja, algumas das causas do turnover estão relacionadas ao próprio local de trabalho. Quando os problemas são identificados e tratados, todos podem trabalhar melhor.
O que causa a rotatividade em clínicas médicas?
É preciso entender que, em uma clínica médica, não são apenas os médicos e enfermeiros que acabam envolvidos na rotatividade. Funcionários administrativos e financeiros também.
Ainda que alguns dos problemas gerem rotatividades para ambas funções, os médicos costumam lidar com outro tipo de pressão no ambiente de trabalho: a competitividade.
Não são poucos os médicos que atendem em mais de uma clínica, mas aqueles que se reservam a um único local podem sentir-se pressionados a mudarem sua perspectiva de trabalho para se adequarem à realidade que julgam ideal.
Outro ponto é que muitos médicos sonham em abrir seus próprios consultórios e clínicas. Assim, acaba sendo complicado lidar com a rotatividade, já que essas oportunidades tendem a surgir com o tempo, deixando sua equipe desfalcada.
Agora, de uma forma geral, a rotatividade de funcionários e médicos pode ser causada por algumas situações no ambiente de trabalho…
Para entender isso mais a fundo, é preciso conhecer Frederick Herzberg. Herzberg foi um psicólogo e influente professor de gestão empresarial americano. Ele propôs a existência de dois tipos de necessidades, independentes entre si, que influenciam os trabalhadores, a motivação e a higiene.
Confira alguns fatores que, segundo Frederick Herzberg, causam a rotatividade:
- Fatores de higiene: têm relação com o ambiente de trabalho, envolvendo a gestão, a política e a administração da empresa, condições de trabalho, relações interpessoais, salário, status e segurança. Herzberg identificou que esses fatores não contribuem para aumentar a produção, porém podem deixar os profissionais insatisfeitos.
- Fatores motivadores: estão relacionados ao sentimento de realização, reconhecimento do trabalho e crescimento profissional. Envolve o interesse genuíno dos funcionários e sentimento de desafio, que provocam efeito positivo na satisfação.
Esses fatores que influenciam a rotatividade de funcionários valem para todos os níveis de responsabilidade e setores de uma empresa.
Algumas dicas para reduzir a rotatividade na clínica médica
Vale destacar que nem todas essas dicas serão úteis, no primeiro momento, para sua clínica médica. Não existe uma “receita de bolo” para tratar o problema de forma imediata. É necessário conhecer as necessidades dos colaboradores e médicos e, só então, trabalhar em medidas de correção.
Escute médicos e colaboradores
Um erro frequente é oferecer brindes, premiações e até aumentos no salário de quem está descontente. Embora pareça algo genial no primeiro momento, é apenas um tratamento paliativo, já que a causa da desmotivação pode não ter sido identificada e eliminada.
Então, a primeira dica é OUVIR. Ouça sempre que possível!
Veja só o que mais você pode fazer:
- Desenvolva um plano de carreira;
- Invista na capacitação dos funcionários;
- Ofereça benefícios realmente satisfatórios para os clientes;
- Aprimore o diálogo com seu time e promova a política do feedback;
- Pense na qualidade de vida com ações internas que impactem diretamente na saúde dos funcionários;
- Controle a jornada, para evitar o excesso de horas trabalhadas e trabalhadores e médicos fatigados;
- Supra a necessidade básica de segurança física e empregatícia;
- Reconheça os funcionários e médicos pelos resultados;
- Promova o espírito de equipe para gerar laços mais fortes e confiança entre as equipes;
- Melhore o clima organizacional
- Acompanhe o desempenho da equipe para saber como está a sua produtividade e antecipar possíveis desligamentos no futuro.
Novamente, lembre-se de que é preciso ir a fundo no problema. Converse com sua equipe, saiba o que os deixa descontentes e trabalhe em medidas sólidas para eliminar a rotatividade de funcionários pela raiz!
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